Saturday, 17 February 2007

GANG OF FOUR

Not made by great men

There's a show on TV, makes headlines in newpapers, all part of a strategy, a dangerous one, the greatest men, you have to choose who was the greatest man of your country. It's creating passionate debates, ah, a cause! A lost one? And it's raising a stupid faschizoid nationalism among the people, especially when some of the names are truly fascist dictators or extreme rightists behaviours. I saw that in Holland, and now in Portugal. In the Netherlands, they wanted to elect Pim Fortuyn, that caricature assassinated by an extreme leftist, homo, racist, skinheaded figure, living with a blackman from Green Cap, extreme rightist, xenofobe, anti-muslim, and defensor of the family values. Getting sick here, I'm bouncing between one extreme and another. In Portugal, it´s the sacred name of the lost facist paradise that they want to recover, I´m falling off my chair with such bouncing.


There was a song a few years ago saying, it's not made by great man. I'm starting to agree with that since leaders are all gorgeous failures...
One of the most interesting name of this recent years, I mean truly capable to suscite feelings in one's person, like looking, or like laughing, in the good sense of the term, for being genuinely, a word that's disappeared, funny, at least at first sight, the Artic Monkeys, brought me, without noticing it, back to things like the Clash, or early things from the eighties, away from the flangers and chorus, may'be through their clean approach to the guitars. The Bloc Party also, although in a different way. What I want to say is that the sound is something we don't hear for years. No sampling, no rock, no blues, or American influences, or perhaps just a little, just that European sound, that continental flavor, lost to those 70's revivals and big rock gods that are recovered for a few years, since the mid 90's, I suppose.





Anthrax
He'd send in the army
Ether

The sound and construction brought me back to a thing called Gang of Four. A kind of atitude we don't see for a while, the politically and socially motivated bands like Au Pairs and to a certain extent the Fall, though on an other side of the fence. Which side? Yours, I suppose. Let´s remind we are constantly bombarded by american rap and clones or deviates, that's lost any identity in mud, since ... Puritans, he? Yeah, the cover with the V sign of Mark E. Smith, remember it?
Right, the Gang of Four and their topics that nobody else uses or talk about. I've rediscovered an atitude, a position in a way ofended and sick in front of the TV news, located on the oposite bank of the river, any kind of oposition, oposition to any social situation but not in a brutal way of protest, or social discontentment. It's more a categorical NO or NOT than a f... off. Sharp, raw, a sound with almost no production, contradicting, nowadays more than ever. Some bands can survive, others don't.
Damn rap orgies, I can´t get enough!

What We All Want


Não foi feito por grandes homens



Há um programa na TV, que faz notícias nos jornais, parte de uma etratégia, uma perigosa, o maior português, tem de se escolher quem era o maior homem do país. Está a suscitar debates apaixonados e enflamados, ah, uma causa. Perdida? E está a levantar um nacionalismo estúpido e fascizoide por entre a população, especialmente quando alguns dos nomes envolvidos são verdadeiros dictadores fascistas ou comportamentos duvidosos de extrema direita. Eu vi isso na Holanda, e agora em Portugal. Na Holanda, alguns queriam eligir Pim Fortuyn como o maior holandês de sempre, essa caricatura assassinada pela extrema esquerda, gay, racista, uma figura de cabelo rapado, que vivia com um sujeito de cor de Cabo Verde, de extrema direita, xenófobo, anti-muçulmano, e defensor dos valores familiares. Estou a ficar enjoado aqui, estou a baloiçar entre estes dois lindos extremos. Em Portugal, é o sagrado nome do paraíso fascista, que querem recuperar, ainda caio da cadeira com tanto baloiçar.
Havia uma música uns anos atrás que dizia, it´s not made great man, não foi feito por homens grandes. Devo confessar que estou a começar a concordar com isso, visto que líderes são todos bonitos falhanços...



Uma dos nomes mais interessantes destes últimos anos, quero dizer verdadeiramente capaz de suscitar sentimentos numa pessoa, como olhar, ou como rir, rir no bom sentido do termo, por ser genuinamente, uma palavra que desapareceu, engraçado, pelo menos à primeira vista, os Artic Monkeys, trouxeram-me, sem eles darem por ela, de volta para coisas como os Clash, ou coisas do princípio da década de oitenta, longe dos flangers e chorus, talvez através da abordagem limpa às guitarras. O Bloc Party também, mas de maneira diferente. O que eu quero dizer, é que o som é algo que não se ouve há anos. Não há samples, não há rock, não há blues, ou influências americanas, ou se calhar um bocadinho, apenas um som europeu, esse sabor continental, perdido para esses revivalismos dos anos setenta e os grandes deuses do rock que vão sendo recuperados há já uns anitos, talvez desde os meados dos anos 90.



O som e a construção trouxeram-me de volta para uma coisa chamada Gang of Four. Uma atitude que não vemos há muito, em grupos politicamente e socialmente motivados com os Au Pairs, e até certo ponto, os Fall, bem que no outro lado da barreira. Que lado? O teu, se calhar. Lembramos que estamos constantemente bombardeados por rap americano e mais clones, e derivados esbranquiçados, que perderam alguma identidade na lama, desde ...
Puritanos, he? Ya, a capa com o sinal em V de Mark E. Smith, lembras-te? Não é o de vitória, o outro, à britânica.

Gang Of Four - To Hell With Poverty (TV Live)


Certo, o Gang of Four e os seus tópicos que mais ninguém usa ou comenta. Redescobri uma atitude, uma posição de certa maneira ofendida e enjoada frente ao noticiário, situada na berma oposta do rio, qualquer tipo de oposição, oposição a qualquer situação social, não de uma maneira protesto brutal ou descontentamento social. É mais um não categórico do que um vai-te ... Afiado, cru, um som com quase nenhuma produção, contraditório, hoje em dia mais do que nunca. Algumas bandas conseguem sobreviver, outras não.
A porra das orgias rap, não há que cheguem!

0 comments: