Monday 30 July 2007

Diego El Cigala



Uma voz que costuma passar no Mezzo, tarde à noite quando ninguém está a ver, de dia não passam coisas tão interessantes, Diego El Cigala é visto como um dos remoinhos de maior força e intensidade motriz na cena do flamenco actual. É de salientar, quando consegue impor-se no mundo musical hispânico, sobretudo a América do Sul. Baptizado El Cigala por um grande gabarito como Camarón de la Isla, consegue manter distância do padrinho, desenvolvendo um estilo aberto a outros ritmos, permanecendo ao mesmo tempo fiel à uma movida que não costuma expandir-se muito fora das suas fronteiras naturais. A descobrir.



Diego el Cigala - por Bulerias y Tarantos


Diego el Cigala & Bebo Valdés - Lágrimas Negras (BOLERO)





A voice that is sometimes heard on Mezzo, late at night when nobody is watching, during the day they don’t play things that interesting, Diego El Cigala is seen as one of the strongest and most intense turmoil in the Hispanic musical world, especially South America. Baptized El Cigala by his elder Camarón de la Isla, he maintains his distance from the godfather, evolving a style open to other rhythms, keeping at the same time the legacy of a “movida” that usually doesn’t expand itself outside its natural borders. To discover.

El Cigala


Corazón loco

Sapato com Arte - 9



Damos as boas vindas e os parabéns à Senhora Patil pela sua eleição para a presidência da República indiana. Temos a certeza que nos vai espantar pelo seu carisma, dinamismo e vitalidade, que seguramente vai impingir ao rumo que levará a Índia ao nível de super potência mundial. Que sofriam de reumatismo e de nepotismo, já o sabíamos, agora pôr a avozinha à frente dos assuntos. O cúmulo é que ela tapa a cabeça, segundo se houve entre os comentários femininos.
O Senhor Manohan Sing, actual primeiro-ministro, são todos respeitáveis séniores de idade avançada, declarou, quando o não menos respeitável, Tony Blair visitou a antiga colónia, que o trabalho infantil era uma coisa muito feia e que ia ser severamente castigado. Ora se as criancinhas não trabalham lá nas pedreiras e nas fossas sépticas por meia rupia de quinze em quinze dias, é a família inteira que passa fome. Que o terceiro olho de Shiva me fulmine já aqui.
Ora, ele e a Senhora Patil perfazem juntos 574 anos! Um feito! Parabééééns!

Fotografias

Porto









Monday 23 July 2007

Monty Python



Vamos arrebentar com a escala de valores desta vez, decidimos dar-lhes 253789 valores numa escala até vinte. Vamos revisitar a trupe de loucos do Monty Python, que andou aterrorizar os canais de televisão britânicos nos anos sessenta e setenta.
A cena dos dois fulanos franceses não pertence a este mundo e também não o ministério dos andares tolos.
Provavelmente das coisas mais hilariantes que foram feitas desde que há memória, desde que o Sarkozy ganhou as eleições em França, ou desde que os Oasis foram considerados a melhor banda desde os Beatles, ou desde que os Radiohead foram considerados a melhor banda desde os Oasis, ou desde que os Coldplay foram considerada a melhor banda desde os Radiohead, ou desde que um zero qualquer decidiu por si próprio que era melhor do que os outros. Que coisa tão reles.
Por cima disto tudo, de um dos lados do Nosso Senhor, e do Frank Zappa, eles hão de ter o lugar deles. Não tão cedo, esperemos nós.

Monty Python - French Sketch




Monty python - Ministry of silly walks




We’re going to blow the scale up this time, we’ve decided to give them 253789 points on a scale to twenty. We’re going to revisit the bunch of of madcaps of the Monty Python, who terrorized the British television channels during the sixties and the seventies.
The sketch of the two french folks is not of this world, and also is not the silly walks ministry.
Probably of the most hilarious things done since the beginning of time, since Sarkozy has won the French elections, or since Oasis has been considered the best band since the Beatles, or since Radiohead has been considered the best band since Oasis, or since Coldplay has been considered the best band since Radiohead, or since some zero decided himself he was better than others. What a cheap thing.
Above all this, at one side of Our Lord, e of Frank Zappa, they will have their place. Not that soon, we hope.

Dead Parrot


Tuesday 17 July 2007

O Sapato com Arte - 8

O relógio

Everybody hates him, he’s that colleague who arrives always late to work, a quarter, twenty minutes after the hour and nobody sacks him. Everyday. He arrives always sleepy, yawning. “ What’s the matter? What’s happening, he says, what’s the trouble?” And every eye stares at him... Wishing to put their hands around his neck and squeeze. If you were not the boss’ lover, you son of a bitch!
Hey, Koffie Hanan, want some coffee? Ah, naaaaa! Never in the morning. Don’t wake the old devil. Look, they’ve slaughtered some 50,000 niggers, what a bore! We’ll have to do something. They probably will give us a Nobel price. At least say it’s wrong. Let´s see, don’t make too much fuzz, something bad can happen to you.
It seems that another ten thousand have to die for them to make believe they doing something. It’s like when the boss is around and he’s looking, you’ve got to show that you’re busy, it would be better to be doing something. Do something but what? That thing is making a lot of noise, they’re starting to notice, indeed it’s getting smelly. Look, Solana is going to buy a new watch, but he’s not lending it to boyfriend. They’re going to show us some ten thousand more tragedies, in Darfur or elsewhere, but this time I was awake.
While they’re doing their cinema.



Toda a gente o odeia, é aquele colega que chega sempre atrasado ao emprego, um quarto de hora, vinte minutos depois da hora e ninguém o despede. Todos os dias. Chega sempre cheio de sono, a bocejar. “O que foi? O que é que se passa, diz ele, o que é que aconteceu”? E fica tudo a olhar com uns olhos... Com uma vontade de lhe pôr as mãos no pescoço e apertar. Se não fosses amante do patrão, meu filho da puta!
Oh, Koffie Hanan, um cafézito? Ah, nããã! Nunca de manhã. Não vá o diabo acordar. Olha, chacinaram uns 50.000 pretinhos, que seca! Vamos ter que fazer qualquer coisa. Pode ser que nos dêem um prémio Nobel. Pelo menos, dizer que está errado. Vamos lá ver, não faças muita zaragata, não te enerves, que podes ter uma coisa má.
É preciso que morram mais dez mil para eles fazerem de conta que fazem alguma coisa. É como quando chega o patrão e que ele está a olhar, tens que te mostrar ocupado, é melhor estar atarefado. Fazer alguma coisa, mas o quê? A coisa está a dar muito nas vistas, já começa a notar-se, aliás já começa a cheirar. Olha o Solana vai comprar um relógio novo, mas não o empresta ao namorado. Vão nos mostrar mais uns dez mil desgraçados no Darfur ou na Conchichina, mas desta vez consegui pôr-me a pé a horas.
Enquanto fizerem esse cinema.

Friday 13 July 2007

MOMUS



Desta vez vamo-nos interessar pelo Nick Currie, mais conhecido por Momus, um atrevido, descarado e sem vergonha adepto do mais glorioso e mais puro mal dizer e escárnio de boa tradição britânica, um escritor de canções, um songwriter cuja arma mais letal consiste numa prosa que se pode revelar extremamente corrosiva, um provável resultado de alguma precipitação química sulfúrica. As colagens e misturas propositadamente kitch no som de Momus e nas suas letras, colocam-no deliberadamente num espaço não verdadeiramente definido, mas altamente refinado, à margem de qualquer especulação comercial ou transacção que poderia pôr em causa a noção primordial de gozo.
Como se não bastasse, ele também é um blogger, apreciem os sites, http://imomus.livejournal.com/, http://imomus.com.



I like you


Your fat friend ladypat




1. The last communist
2. Electrosexual Sewing Machine
3. My Sperm Is Not Your Enemy
4. Hotel Marquis de Sade
5. Harry K-tel
6. Summerisle Horspiel, 24:41, (2003)

This time we’ll take a close look, not too close don’t worry, to Nick Currie aka Momus, a daring shameless mocker and scorner, a songwriter which most lethal weapon consist in a prose that can reveal itself as extremely corrosive, a probable result of some sulfuric chemical precipitation. The homemade patchwork sound of Momus and his writings place himself deliberately in a space not really defined, but highly refined, at the margin of any commercial speculation or transaction that could put t risk the primordial notion of fun.
Not enough with that, he is also a blogger, check his sites, http://imomus.livejournal.com/, http://imomus.com.

Momus: Frilly Military

Wednesday 11 July 2007

Kiss



A reference to the Kiss, the first band of Marilyn Manson, at least the singer, I don’t know his name, let´s call him simply Marilyn. One of the most important names of all time in Hard Rock. We are all missing the war facial paintings, why did they take them off? Tell me, I can’t conform myself. About the little lights on the guitar, I’m really thinking seriously about that matter. Bling, bling before time? But hey, look, not everything that shines is gold.
The pastime of the week:
Try to guess which one was Marilyn.

Detroit city




Uma referência aos Kiss, a primeira banda do Marilyn Manson, pelo menos do vocalista, não sei o nome dele, passamos a chamá-lo simplesmente Marilyn. Um dos expoentes máximos do Hard Rock. Temos todos saudades das pinturas de guerra, porquê que as tiraram? Expliquem-me que não me conformo. Quanto às luzinhas na guitarra, estou a pensar seriamente no assunto. Bling, bling antes da hora? Mas olha que tudo o que brilha não é ouro.
O passatempo da semana:
Vejam lá se vocês adivinham qual deles era o Marilyn?

I was made for loving you

Thursday 5 July 2007

FRANK ZAPPA

An interesting curiosity found on a website. The covers of all the albums from our favourite Zappa, placed side by side. If you’re in the mood to count them... And some videos, and collaborations. During the years of good harvests, that would give two or three albums per year, no?



Now follow, more interesting cultural things to fill and put your problematic brains at work and enrich your general culture.

Zappa on the Synclavier - 1991


Uma curiosidade impressionante descoberta num site. AS capas dos álbuns todos do nosso Zappa preferido, postas lado a lado. Se quiserem contá-las... E mais alguns vídeos e colaborações. Nos anos de boas colheitas, devia dar dois ou três álbuns por ano, não?

Seguem-se mais umas coisas interessantes para enriquecer a vossa cultura geral e pôr os vossos cérebros problemáticos a fazer de conta que realmente funcionam.

Frank Zappa interview from The Cutting Edge